Natal é o nome da festa religiosa cristã que celebra o memorial do nascimento de Jesus Cristo, a figura central do Cristianismo. A Bíblia não diz nada sobre o dia exato em que Jesus nasceu e por isso a comemoração do Natal não fazia parte das tradições cristãs no início. Esta data e motivo começou a ser celebrado para substituir a festa pagã da Saturnália, muito conhecida e divulgada entre as comunidades politeístas e pagãs.

A Tradição cultural descreve que a Saturnália acontecia entre os dias 17 e 25 de dezembro. Por volta do ano 350 o Papa Júlio I estipulou que a Igreja Católica iria colocar o dia 25 de dezembro como uma data fixa para celebrar a memória do nascimento de Jesus. Anos depois esta data foi oficializada como feriado. Era uma tentativa de facilitar a aceitação do Cristianismo entre os pagãos. 

O Natal é o momento, no qual os corações se tornam mais sensíveis, e que as pessoas estão mais dispostas a ouvir mensagens de confraternização e de aceitar uma espiritualidade mais humana. Portanto, o espírito de natal contagia a todos e temos de aproveitar esta oportunidade para falar de Jesus
Cristo. O apóstolo Paulo fazia isto: adaptava-se à realidade e aproveitava o contexto vivido pelas pessoas e associava ao modo de pensar cristão, para conscientizar e conquistar mais seguidores para o Cristianismo (I Cor 9, 19-23).

Acreditamos que podemos fazer o mesmo. Temos que tomar o cuidado para usar corretamente os raciocínios e princípios evangélicos e não afastarmos do que é essencial da celebração do Natal. O mais importante deste período natalino é de reviver os acontecimentos que destacam a vontade da Revelação e Manifestação de Deus ao mundo. Celebrar o Natal é falar da humildade e simplicidade que Deus se revela.

É refletir sobre as formas em que nosso Deus se faz presente no mundo e pelas maneiras ousadas. É um Deus que toma a forma humana e vem ao mundo por intermédio de uma família ética, trabalhadora, de oração e de compromisso com o outro. Jesus, o Menino-Deus nasce na forma da mais extrema pobreza: José e Maria não tinham um lugar próprio ou adequado para que o menino chegasse ao mundo (ver o cenário da gruta de Belém). Vida que chega pela forma mais natural possível: num local onde abrigavam animais; lugar de trabalho dos pastores e pessoas simples do meio rural; não tem
qualquer assistência dos poderosos e das autoridades políticas. Conforme a  mensagem dos Evangelhos: nasce na simplicidade, mas traz uma esperança de mudanças que proporcionam a justiça, a dignidade e busca pela paz. 

Enfim, celebrar o Natal de Jesus é fazer memória de fé, é fazer experiência de um Deus que é próximo de nós, que nasceu, viveu e ensinou a tirar o pecado do mundo, além de libertar seu povo de pesadas leis religiosas e políticas. Um Deus que nos ensina que o caminho do amor ao próximo alimenta a fé, nos aproxima dos valores Evangélicos e chama a viver a Comunhão Eucarística. Feliz natal!

Pascom