Viver a humildade é virtude dos 'pequeninos'!

Numa celebração do Advento, em preparação para o Natal, o Papa se inspirou no Evangelho de Lucas (O louvor de Jesus ao Pai) para destacar a preferência de Deus por quem sabe entender os seus mistérios, não os inteligentes e os sábios, mas o “coração dos pequeninos”.

Observou Francisco que Deus “vai nesta direção”. Destaca que o profeta Isaias fala de “um pequeno broto” que “nascerá no tronco de Jessé”, e não de “um exército” que trará a libertação. E afirma: “os pequeninos são os protagonistas do Natal”. Veremos esta pequenez presente na cena do nascimento de Jesus: uma criança, uma estrebaria, uma mãe, um pai… Pequenas coisas de “corações grandes”, de atitude de pequeninos aos olhos dos homens e grandes para o Pai.

Deste evento nascerá um “broto onde se repousará o Espírito do Senhor: o Espírito Santo; e este pequeno broto terá aquela virtude dos humildes e pequeninos, e a grandeza da sabedoria divina. Caminhará no temor de Deus. Temor do Senhor que não é o medo, mas reconhecimento. Tudo isso para dar vida ao mandamento que Deus deu ao nosso pai Abraão: ‘Caminha na minha presença e seja irrepreensível’. Humilde.

E somente os pequeninos, destacou o Papa, “são capazes de entender” plenamente “o sentido da humildade”, o “sentido do temor de Deus”, porque “caminham diante do Senhor”, vigilados e protegidos, “sentem que o Senhor lhes dá a força para ir avante”, são corajosos e de fé.

Viver a humildade cristã é ter este temor do Senhor que não é medo, mas de afirmar acima de tudo: “Tu és Deus, eu sou uma pessoa, eu vou avante assim, com as pequenas coisas da vida, mas caminhando na Tua presença e buscando ser irrepreensível”. A humildade é uma virtude que não é “teatral”, sem compromisso. Mas uma humildade de quem sente orgulho do que faz em nome de Deus; de caminhar na presença do Senhor sem falar mal dos outros; que tem um único objetivo: servir ao outro sem interesse. “Aí está a força”. 

Que possamos pedir para todos nós a graça da humildade, a graça do temor de Deus, de caminhar na sua presença buscando ser irrepreensíveis. E assim, com esta humildade, possamos ser vigilantes na oração, operosos na caridade e exultantes de alegria no louvor. Assim seja”

Fonte: RadioVaticana.va